1 de abril de 2019

Pedanálise: Abordagem psicanalítica como ferramenta para a educação?


 Ã‰ inalcançável uma pedagogia analítica? Primeiro se deve esclarecer ate certo ponto, mesmo que brando, o que é psicanalise e então se debater qual o real papel da Educação.

O que diz a definição dada sobre o conceito da palavra psicanalise no Dicionário Priberam é “1. Método de tratamento criado por Sigmund Freud que se baseia na exploração do inconsciente. 2. Investigação psicológica que tem por fim fazer acudir à consciência os sentimentos obscuros e adormecidos ou longínquos.”, é uma teoria desenvolvida por Freud sobre a psique (psykhe) humana que se iniciou enquanto o mesmo tentava descobrir a origem das neuroses com ênfase na histeria, doença essa que assolava as mulheres na época, e continuou a estudar até o último ano de sua vida, 1939.

Não que o desenvolvimento da ciência tenha parado aí sendo prosseguido e desenvolvido por sua filha, Anna Freud, e seus discípulos. A psicanalise estuda o inconsciente humano e como suas relações com o mundo e os efeitos das repressões culturais causam no mesmo, o que acaba por gerar as neuroses que foram o alvo inicial de estudo de Freud, e como o id, ego e superego influenciam como um todo quem cada um é.

Uma vez esclarecido o que é psicanalise agora é necessário debater o real conceito da educação uma vez que para alguns educação é uma forma de controlar e reprimir desejos e pensamentos que não são moralmente bem vistos pela sociedade.

"- A Educação é o meio de que uma sociedade dispõe para formar os membros à sua imagem"(Durkheim, 1925).

Indo para uma visão mais libertadora e filosófica, não seria melhor proposto dizer que a educação está mais para desenvolver as crianças em adultos saudável, capazes e sociáveis entretanto compostas a isso pela liberdade de serem quem são, sem esperar sacar aquilo que se deposita na cabeça do aluno como dizia Paulo Freire com sua metáfora da Educação Bancaria.

Pode se dizer que é algo contraditório afirmar liberdade quando já se há um objetivo a se alcançar bem traçado, mas neste ponto é preciso esclarecer, a liberdade não estaria em um todo pois é da natureza humana ser imanente-transcendente, como imanente precisa-se então desenvolver uma visão ética e moral do mundo que permita que todos os homens vivam em harmonia, mas como transcendentes ser livre para seguir seu próprio caminho e não ao que foi destinado.

Sendo assim a liberdade na educação seria no desenvolvimento, não dando liberdade total a crianças que futuramente acabariam por não conhecer os limites éticos de suas ações, deturpando assim o modo como se relaciona com os outros, incentivando as criança na busca por um progresso individual e orientando-as afim de que esse progresso resulte em um cidadão consciente e totalmente compatível com a vida social, diferente do que se acredita ou pratica, não é orientação e sim uma ordem expressa. No geral os responsáveis por tal educação, pais e educadores, não veem a criança como um ser capaz de ser algo autossuficiente desde que se ensine e tratam como um pedaço de barro a ser moldado em forma de homem para aquilo que se espera, ao invés de se definir e tentar controlar as ações – incontroláveis – das crianças a liberdade se apresentaria em educa-las para que as mesmas a parti de determinado momento possam reconhecer sozinhas o que deve ou não ser feito.

Partindo de uma forma mais simples educar não deveria ser determinar a escolha da criança ou adolescente e sim tentar conscientiza-lo e orienta-lo na hora de escolher, ao reprimir de forma extrema e direta pode-se não ensinar a criança a fazer algo, mas sim ensinar a não fazer aquilo em frente aos olhos dos outros e esperar que acabe gerando uma barreira que impede a pulsão, o desejo de fazê-lo, de chegar no consciente, o que as vezes não ocorre, acontecendo apenas de a criança passar a aprender que é necessário mentir não por empatia (uma vez que a mentira é algo necessário para o bem estar social) e sim por autopreservação devido aos altos valores impostos a ela.

A repressão então aconteceria de forma indireta e passiva, não proibindo, mas instruindo das consequências negativas da má escolha e aplicando as consequências, quando há o erro feito intencionalmente, de forma branda, apelando mais para a empatia com o meio do que para o medo e a necessidade de uma autopreservação, o que garante que de fato o que impede o indivíduo saudável de desejar matar seja a consciência do erro e empatia pela vida alheia e não apenas a consciência de ser errado e haver consequências que trariam prejuízos ao seu próprio bem estar? Não é função da pulsão da vida buscar a preservação e o melhor para seu bem-estar e sempre aquilo que seja menos danoso ao mesmo?

Partindo deste principio pode-se talvez quebrar esse paradigma de que é intransponível esse relacionamento entre a psicanalise e a educação, uma vez que a psicanalise busca tratar as repressões sofridas e apresenta os estudos sobre os efeitos das formas de repreender, é possível então aí criar um link entre ambas.

Vem a ser ultimo a educação talvez o principalmente os estudos sobre a fase anal e fálica, e o complexo de Édipo, uma vez que atualmente as crianças estão cada vez mais cedo entrando em contato com o educador e na vida escolar, permitindo e causando assim uma forte influência do educador nessas fases. Neste aspecto então a pedagogia analítica se dá então pelo meio de uma educação sexual com o intuito de conscientizar, colaborar e orientar a criança durante a fase em que esta se descobre como ser sexual, começa a desenvolve sua identidade sexual, e principalmente aconchegar o caminho pelo qual a criança passa para concluir seu complexo de Édipo, não tentar evitar tal passagem vital, tornar tal passagem segura, isto é, fazer com que a criança passe pelo complexo do inicio ao fim evitando maiores danos, de fato fazendo a passagem pelo complexo ser algo mais seguro possível sabendo se limitar nessa interferência para que acabe não causando o efeito oposto, proteger excessivamente ao ponto de prejudicar a criança.

Também é interessante o uso dos conhecimentos práticos e teóricos sobre a transferência e os estudos sobre a “fase dos porquês”, pois uma vez que se tenha um bom estudo de como se aplicar a transferência da figura paterna ou materna ao educador de uma forma positiva na educação e uma noção clara de como funciona essa fase, o uso desses conhecimentos para estimar a curiosidade da criança ao saber é de grande vantagem para sociedade como um todo, pois crianças curiosas tendem a se tornarem adultos indagadores, ou ainda, entusiastas do saber, tal função a principio do educador passaria mais tarde talvez ao professor de filosofia, uma vez que está é a mãe do saber, quem estaria melhor posicionado para alimentar esta curiosidade indagatória?

Ora, se uma vez que o professor não deve usufruir deste poder para fazer de seu educando aquilo que o educador deseja que ele se torne, as melhores ferramentas vão estar na mão daquele que lecionar a filosofia, já que deste só se aprende o saber e a buscar saber. Dai em diante então se divide entre os demais professores a conscientização de não abusar do poder a eles concedido pelo educando. O professor de filosofia nesta posição já não ocuparia, mas ainda correria o risco de fazê-lo, o risco de se deixar apaixonar pelo poder e tentar dar suas ideologias ao seus alunos, estaria ali como uma espécie de catalisador, não seria capaz de implantar suas próprias ideologias no inconsciente de seus alunos, mais catalisaria o processo dos mesmo ao encontrar as suas, sejam em outros professores ou quem que seja, servindo tanto de base teórica, quanto orientador na busca e no senso critico para achar sua designação.

É passível um exercício mental para facilitar o entendimento desta parte: se possui um professor de filosofia, que teoricamente deveria passar ao aluno conhecimento suficiente para que este montasse uma boa base de conhecimento da filosofia, sendo assim tal aluno então passaria por todas as ciências desenvolvidas pelo homem durante a história, uma vez que isto ocorre e partimos do ponto que o professor em particular não dará maior poder a nenhuma especifica, tentará ser o mais imparcial possível ao dar todas (ao menos o máximo dessas que seja possível), usando da transferência a ele concedida fara o aluno fazer uma ampla jornada por as mesmas, ate que este jovem então já tendo o professor de filosofia como catalisador para seu prazer em determinada matéria se encontrará com outro que o fará assim despertar sua paixão pela biologia, servindo a imparcialidade do professor de filosofia a tarefa de catalisar essa paixão em suas aulas quando este falar de Aristóteles por exemplo.

Em suma, o que isto quer dizer é, o professor de filosofia embutido do poder dado pela transferência a principio apenas continuará alimentando a curiosidade dos alunos,  ate que cada um se encontre, seja em sua matéria ou nas outras, a parti dai cada palavra do filosofo deixará então de ser um alimentador da curiosidade sobre o saber cosmológica e antropocêntrica para catalisar o desejo agora já bem sublimado em algo especifico.

 - Frederic Sionis, 2019.
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3 de dezembro de 2017

Mito do inferno

Bêbados, poetas, putas e vagabundos sempre serão marginalizados pelas suas escolhas e modo de vida, ate você ser capaz de ver que as pessoas são mais que seus problemas.

Quanto mais fundo você desce no inferno de alguém, piores as coisas vão se tornando no caminho percorrido por aquela vida, daí só então você entende que todo preconceito errôneo concebido nas sombras projetadas na parede da caverna daquela pessoa são apenas isso, opiniões e julgamentos errados concebidos em falsas informações por uma ilusão criada.

Todos se encaixam nessa regra, mas como toda regra há uma exceção, a desta sou eu, um inferno de nível único executado em uma planície infinita sem qualquer elevação ou depressão para haver quaisquer paredes e nenhum material para fazer qualquer fonte de luz, um inferno onde nunca irão existir sombras nas paredes para te fazer enxergar a sombra de um lobo projetada por um cordeiro.

A merda que se vê é a merda que se é, talvez seja daí minha empatia com eles, eu sou justamente tudo o que os acusam levianamente de serem. Sou o monstro inspirador dos medos fazem os bastardos acusarem os coitados filhos da noite, pensando que somos iguais.
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13 de outubro de 2017

Hábito

As madrugadas são sempre frias, escuras e solitárias, não é? Enquanto as pessoas comuns dormem há dois tipos de pessoas que vivem: Aqueles que precisam sacrificar seu sono pelo bem próprio ou familiar para ganhar dinheiro e aqueles que são animais noturnos e fazem do anoitecer sua moradia.

Infelizmente é sobre o segundo tipo que escrevo hoje, nós somos filhos do caos, não temos animo ou vontade de fazer qualquer coisa durante o dia pois gostamos de madrugada, gostamos do que se esconde nas sombras da noite e da solidão que ela nos trás, pois enquanto todos dormem e ninguém pode ver, nós podemos ser nós mesmos finalmente.

Passamos madrugada após madrugada acordados tornando ainda pior nossas olheiras, porque simplesmente não conseguimos dormir. Nossos problemas, a vontade de morrer, a inundação de tristeza que habita nosso corpo e o sentimento de ser um peixe fora d'água é tudo o que existe agora.
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Bomba-Relógio

Que belo amor ela me tinha,
Ao descobrir a bomba que eu sempre prometia
Partiu, sem hesitar.
No fim descobri que a bomba 
Ao explodir ninguém machucaria,
Apenas me mataria de dentro para fora.
Porque a bomba foi o falso sentimento
Implantado em mim no peito
Por aquela que dizia me amar.
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2 de outubro de 2017

O mínimo para sobreviver..

Uma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia.
A diretora e a atriz principal compartilharam que sofreram de transtornos alimentares no passado, dizendo que seu objetivo foi conscientizar o público dos transtornos e combater a vergonha e o sigilo que os cercam.
As pessoas em recuperação que assistirem ao filme poderão facilmente usá-lo para continuar a alimentar seu transtorno alimentar.
A resposta é não. Apesar de ter visto algumas pessoas comparando o longa protagonizado por Lily Collins a 13 Reasons Why, série que foi acusada por diversas pessoas de ser uma espécie de gatilho para pessoas com depressão e tendências suicidas.
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23 de julho de 2017

Okja!

Um imenso animal e a menina que o criou se veem no fogo cruzado entre o ativismo animal, a ganância empresarial e a ética.

Em uma apresentação em ritmo frenético estrelada por uma Tilda Swinton a la personagem de anime, graças aos movimentos amplos e eufóricos, toda a ambientação em torno do surgimento do super porco é estabelecida.

 A modulação arriscada entre o humor e a violência - cujo ápice ele atingiu cedo na carreira, já em Memórias de um Assassino - volta em Okja sem se diluir demais.

Apelidada de "super porco", ela é cuidada em laboratório e tem 26 animais enviados para países distintos, de forma que cada fazenda que o receba possa apresentá-lo à sua própria cultura local.
Nas suas cenas mais fortes deixarão muitos carnívoros com um bocado de culpa.
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22 de julho de 2017

Affleck fala sobre rumores de sua saída do Universo DC

Ben Affleck fala sobre rumores de deixar o papel de Batman no Universo DC estendido durante painel da Liga da Justiça no SDCC (San Diego Comic Con), nova imagem é liberada sobre o filme e muitas novidades.
Elenco de Justice League reunido no estande do filme durante SDCC

“Sou o cara mais sortudo do mundo. O Batman é a parte mais legal desse universo"
afirma Affleck durante o painel do novo filme da DC "Justice League" e nega todos os rumores sobre sair do papel levando todos ao delírio reafirmando que é o Batman.

Junto disso tudo tivemos também a confirmação de Wonder Woman 2, novo trailer de Justice League 1, teaser e informações sobre Aquaman e a noticia bombastica de que The Flash irá mostrar Ponto de Ignição (Flashpoint), além é claro de uma imagem liberada mais cedo pelo elenco enquanto se dirigiam ao evento, confira abaixo.

As coisas estão esquentando lá a cada segundo mil informações novas sobre os próximos filmes e futuros planos, fiquem atentos para mais informações!!
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21 de julho de 2017

Nova imagem de Young Justice revelada e muito mais

Após 5 anos no vale do esquecimento tivemos a feliz noticia de que Young Justice (Justiça Jovem como é conhecido aqui no Brasil) retornaria com sua terceira temporada, uma vez que foi cancelada em 2013 após a segunda, sob o titulo de Young Justice: Outsiders com lançamento previsto para 2018 trazendo inclusive novos personagens.

A algum tempo foi liberado a informação de que a série animada finalmente teria uma continuação com o nome, e recentemente ficamos sabemos da quantidade de episódios que a temporada terá, mas a notícia da vez é a imagem, que poderá ver logo abaixo, exibida no painel da animação no SDCC (San Diego Comic Con) revelando o novo visual de alguns personagens que já conhecemos como também novos.
Imagem exibida no SDCC da nova temporada Young Justice: Outsiders

Durante o mesmo painel também foi revelado pelo próprio produtor Greg Weisman que os 10 episódios do novo ano da animação já estão praticamente prontos e que serão no total 26 episódio.
Alguns dentre esses novos personagens estão inclusos Arrowette - ou Fechete aqui no Brasil - e Treze que foi criada de forma exclusiva para serie animada.

Young Justice conta a história dos seis "sidekicks" dos famosos heróis da Liga da Justiça que após um pequeno desentendimento com seus mentores decidem criar sua própria equipe integrando inicialmente Kid Flash, Aquaboy, Artemis, Miss Marte, Superboy e Robin. Com direção de Jay Oliva (Batman: Bad Blood) e produção de Greg Weisman (Hércules) com Brandon Vietti (Batman Contra o Capuz Vermelho) tendo 2 temporadas, sendo a primeira lançada em 2010 e a segunda em 2012, ela se torna uma das melhores séries animadas da DC Comics nos últimos anos juntamente de Teen Titans.
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"Não digas que nunca bebereis"

Castlevania que é uma série de jogos criada e desenvolvida pela empresa japonesa Konami.
A primeira temporada que traz apenas quatro episódios com duração de 23 minutos, o game~anime tem uma narrativa simples e surpreendente bem construída.


Ótima notícia para os novos e velhos fãs, a segunda temporada já está em pré produção mais como nada perfeito a temporada só terá oito episódios, A trama também conta a história de Trevor Belmont, o último de sua linhagem, que chega em Wallachia onde Drácula invocou criaturas da noite para matar todo e qualquer humano que eles encontram pela frente e decide ajudar os cidadãos.

A produção dos capítulos foi orquestrada satisfatoriamente em relação a arte e roteiro, e consegue agradar praticamente qualquer tipo de público.

Apesar de não ter me incomodado, a mudança na trilha sonora do anime pode desagradar fãs que tenham alguma memória afetiva com as músicas da série de games.

Algumas cenas de luta parecem um pouco robóticas e situações que deveriam, algumas cenas que passam ás vezes despercebidas mais que são de revirar o estômago daqueles com estômago fraco ou que simplesmente não estão acostumados com tal tipo de cena.
Bom, o que nos resta é esperar, certo!?
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19 de julho de 2017

R.I.P American Horror Story

American Horror Story (Uma História de Horror Americana) é uma série de horror criada e produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk. Descrita como uma série antológica, cada temporada é concebida como uma história independente, Recentemente os fãs da trama receberam uma péssima notícias cuja série seria tirada da Netflix onde se encontrava quatro das seis temporadas, O anúncio foi realizado pela Netflix através de publicação nas redes sociais. Quando as produções não são originais do serviço, a Netflix precisa de uma autorização - temporária - para deixá-la disponível para os usuários. Nesse caso, o contrato com a empresa terminou e não foi renovado. Se você está revoltado com a Netflix, fique calmo, a “culpa” teoricamente não é dela. A Fox, que tem posse de todas essas séries, não renovou o contrato com o serviço de streaming mais famoso do Brasil.
Triste, né ?
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